
Para ser mãe, deixei que a natureza me transformasse,
Com toda sua força, com toda sua verdade.
Senti o milagre de um bebê em meu ventre,
Chorei na maternidade, sorri, tive medo.
Troquei infinitas fraldas…
Passei noites em claro — mas com o coração em festa.
Desfrutei o dom de amamentar, De alimentar uma vida… sublime.
Me encantei, com o primeiro sorriso…
Ensinei a comer, a andar, a descobrir o mundo.
Vi o fascínio em seus olhos ao sentir a chuva pela primeira vez.
Chorei no primeiro dia de escolinha… e no segundo… talvez por um mês inteiro.
Talvez eu tenha deixado algumas pessoas de lado,
Talvez não tenha dado atenção às amigas.
Talvez tenha esquecido se de mim, da minha aparência,
Ou talvez nem tenha tido tempo para pensar nisso.
Pode ser que deixei projetos pela metade,
Porque não cabiam no meu novo tempo.

Mas nunca joguei nada para o alto…
Segurei com as duas mãos tudo o que caiu do céu.
E permiti que a mão de Deus me tocasse,
Para receber os dois presentes mais maravilhosos do mundo.
Como eu amo ser a mãe de vocês…
Meus filhos, minha vida, minha eternidade…

