Olá,
Você conhece a história do medicamento Talidomida? Se sua resposta for não, vem comigo, que vou lhe contar..
Para isso vamos voltar no tempo, mais precisamente ao ano de 1957, ou seja, ano esse que ” a Talidomida foi introduzida no mercado, inicialmente, era comercializada como droga de ação hipnótico sedativa, ou seja, utilizada para sedação, anti-inflamatório e hipnótico”. Contudo no passado não havia um controle rígido e infelizmente, essa droga passou a ser receitada para as mulheres gravidas, como uma solução para seus enjoos, mas o preço disso não demorou a chegar e essas mulheres vitimas desse medicamento passaram a gerar filhos com deficiências, ou seja, o medicamento causou deformidades nos bebês gerados por elas “formando assim, uma geração com deficiências”.
Apos alguns anos, milhares de casos de gestantes que fizeram uso dessa droga vieram a tona e devido a gravidade dos fatos, Pesquisadores fizeram novas pesquisas utilizando a Talidomida, mas desta vez usando como cobaias coelhos e primatas e constataram os mesmos resultados, ou seja, ” efeitos devastadores”.
No ano de 1962, ou seja, após cinco anos desta droga chegar ao mercado, as vitimas desse medicamento já ultrapassava 10 (dez) mil casos, ou seja, bebês que nasceram com “defeitos congênitos associados ao medicamento Talidomida”. Entretanto não podemos deixar de citar que segundo os pesquisadores , foram feitas pesquisas anteriormente ao uso do medicamento, usando como cobaias ratos, e esses não haviam “apresentados consequências dos efeitos colaterais”, ou seja, com os ratos não ocorreram os mesmos efeitos devastadores, ocorridos nos humanos, coelhos e primatas.
” Os bebês nascidos desta tragédia ficaram conhecidos como bebês da Talidomida ou geração Talidomida”. Não podemos deixar de citar também que “o histórico da Talidomida constitui um marco que serviu para alertar sobre a importância dos riscos do uso incorreto dos medicamentos. A partir de então, o conceito de Farmacovigilância (atividade relativa à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou qualquer possível problema relacionado a medicamentos) ganhou força. As instituições passaram a se preocupar não apenas com a produção e comercialização dos medicamentos, mas sim com o seu destino final: os pacientes.”
Se você, ficou curioso e quer saber mais sobre esse importante assunto, te convindo para assistir ao “documentário chamado ” Tá faltando alguma coisa” é dirigido pela presidente da Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida (ABPST), Claudia Marques Maximino, que também é uma das vítimas do medicamento”. Esse documentário trás “as consequências e lutas travadas em 50 anos pelas vítimas do medicamento talidomida, usado por mulheres grávidas contra ansiedade, enjoo e náuseas. Além do encurtamento dos braços e pernas nos fetos, outros problemas são encontrados, como a má-formação de olhos e ouvidos, da genitália e de órgãos internos nestas pessoas. O documentário retrata essa realidade, além de mostrar como vivem aquelas crianças, hoje, com cerca de 50 anos, que foram prejudicadas, as lutas por próteses, pelo recebimento das pensões e indenizações, e por dignidade”. Entretanto após assistir esse documentário verás que, mesmo após tanto sofrimento, que poderia ter sido evitado se os medicamentos recebessem um controle adequado, ou seja, somente ser usado após longas e criteriosas pesquisas, e somente ser receitado, esse medicamento em ultimo caso, após nenhum outra droga trazer a cura do paciente, e o paciente ser informando de todos seus efeitos colaterais/riscos, riscos estes que poderá atingir sua futura geração, pois até hoje, esse medicamento é receitado no tratamento da hanseníase e outras doenças. E fica a pergunta, melhor dizendo, e quem assumiu a responsabilidade por todas essas vitimas? de quem foi a culpa? Mesmo após tanto sofrimento as vitimas desse medicamento ainda tem que ter forças, para lutar contra á falta de sensibilidade do meio politico, em busca de uma vida digna.
Enfim, já podemos voltar ao presente, digo, ao ano de 2022, ou seja, após 65 anos desses primeiros fatos e traçando um paralelo com os mesmos, faço lhe uma pergunta, hoje no presente momento, podemos dizer com segurança e veemência que com o avanços das tecnologias na área cientifica do mundo moderno, temos um controle rígido dos medicamentos, visando a segurança dos pacientes? Ou seja, será que as instituições passaram a se preocupar mais com o destino final, ou seja, nós os pacientes, melhor dizendo, para não cometermos os mesmos erros no futuro faz se necessário, relembrar dos terríveis erros , se é que podemos chamar de erro uma situação dessas que mudou o destino de tantas famílias. Repito, devemos olhar o passando para enxergar melhor o futuro.
Compartilhe essas informações, e nunca se esqueça que a informação é a melhor arma para termos sempre em mãos.
E até á próxima…
Referência: https://siat.ufba.br/node/475#:~:text=A%20Talidomida%20foi%20introduzida%20no,ser%20indicado%20a%20mulheres%20gr%C3%A1vidas.