Olá,
É com muita dor no coração que inicio esse pôster, ou seja, “como é difícil ser mulher nesse País”, foram 05 vidas ceifadas brutalmente, somente no Estado do MS, apenas nos primeiros 30 dias do mês de janeiro, vitimas estas, em idade que variam entre 15 (quinze) e “pasmem” 103 (cento e três) anos . E quantas outras vitimas ainda sofrem caladas, com o grito de socorro preso na garganta?
A primeira vitima do crime de feminicídio do ano de 2022, residia na cidade de Anastácio/MS, e foi brutalmente assassinada na data de 15 de janeiro, com apenas 29 anos de idade, essa jovem mulher, ou seja, “Mariana de Lima Costa”, foi vitima de quem jurou amor, digo, seu marido/agressor, a mesma foi assassinada“ com golpes de cabo de machado”, após praticar o feminicídio, seu agressor abandonou a residência, deixando seu corpo sem vida em cima da cama, corpo este que somente foi encontrado dias depois, após vizinhos reclamarem do mau cheiro.
A segunda vitima uma idosa de 103 (cento e três) anos de idade, “pasmem” 103 anos, essa senhora foi cruelmente assassinada na data de 16 de janeiro, na cidade de Tacuru/MS, autor, seu ex genro. seu corpo também foi encontrado em cima da cama com diversos ferimentos.
A terceira vitima, de 39 (trinta e nove) anos de idade, ou seja, “Rose Paredes”, Morta a facadas, na Cidade de Bandeirantes/MS, pelo seu marido/agressor, vitima está, que teve seu corpo jogado em uma fossa, “foi identificado ainda que o criminoso a estuprou antes de assassinar com facadas no rosto”.
A quarta vitima residia na Capital, ou seja, Campo Grande/MS, vitima está de 36 (trinta e seis) anos de idade, essa jovem mulher foi torturada e mantida em cárcere privado por quase 30 (trinta) dias, seu nome era “Francielle Guimarães Alcântara”. “Francielle, tinha ferimentos por todo o corpo, ou seja, suas unhas e dentes estavam quebrados e seus cabelos foram cortados”, pelo seu agressor “ e um ferimento ainda mais grave nas nádegas”. O corpo dessa jovem mulher antes de sucumbir à morte foi torturado brutalmente, Nada justifica tamanha agressão.
A quinta vitima era uma menina, ou seja, uma adolescente de apenas 15 ( quinze) anos, seu nome era “ Vitória Carolina de Oliveira Honorato”, ela foi cruelmente assassinada por esganadura, vitima de seu namorado, de 23 (vinte e três) anos de idade, Esse feminicídio ocorreu na Cidade de Ivinhema/MS.
Aqui não vamos falar dos motivos ou justificativas apresentadas pelos agressores/assassinos, para cometer tamanha barbaridade, pois nada justifica! Tirar a vida de outro ser humano seja ele homem ou mulher.
Sendo assim temos que falar cada dia mais e mais sobre esse assunto, ou seja, feminicídio dando nome as vitimas, desse terrível crime “e desta forma fazendo com que os poderes públicos e os movimentos sociais parem de pensar que não pode interferir na violência que ocorre dentro de casa, ou seja, enquanto pensarem que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, as vítimas continuarão a sofrer com serias agressões e tentativas de feminicídio e na maioria dos casos com o femicicídio consumado.
Sendo assim, não podemos nos esquecer dos frutos dessa agressão que poderão apresentar graves sequelas psicológicas e desenvolver comportamento agressivo e repetir no futuro tudo que apreenderam em casa, com seus pais, dando assim inicio a um círculo vicioso, que não terá fim. Com isso deve ser oferecido pelo poder Público acompanhamento médico e tratamento psicológico aos filhos das vítimas e agressores, de violência doméstica e familiar, ou seja, para que essas crianças e jovens possam ter uma vida saudável, longe da violência. Entretanto para que esses tratamentos não venham a onerar os cofres públicos, fica a modesta sugestão de que deveriam ser também custeados pelos agressores, quando assim for constatada a possibilidade.
No entanto em nosso País o número da violência doméstica é alarmante e para comprovar isso basta o simples gesto de ligar o aparelho de Televisão ou folhear um simples jornal, que estará diante dos nossos olhos, diariamente, a triste informação, ou seja, a grande quantidade de mulheres que são assassinadas cruelmente por seus companheiros ou ex companheiros. Companheiros estes que na maioria das vezes estão acima de qualquer suspeita por serem eles, Contadores, médicos, advogados, empresários, e que os fatos somente chegam ao conhecimento da sociedade, quando a vítima na maioria das vezes já veio a óbito.
Com tudo qual a conclusão que a princípio chega-se fazendo uma análise crítica aos 14 anos de vigência da Lei Maria da Penha no Brasil: Desafios e Perspectivas ( abro um parênteses aqui para dizer que no ano de 2022 a Lei Maria da Penha completara 16 anos de existência), para efetividade da Lei Maria da Penha, a partir da sua implementação no Brasil? E por conseguinte quais os números da violência contra a mulher no Estado do Mato Grosso do Sul?
É a de que para superar o problema é necessário além de oferecer proteção às vítimas, desse tipo de violência, também se faz necessário transformar o comportamento do seu agressor, através da prevenção, ou seja, a mera punição os tornara ainda mais violentos.
Todavia o desafio que devemos encarar é o de transformar o comportamento violento dos agressores, através de tratamentos médicos e acompanhamento psicológicos e psiquiátricos, tirando de uma vez da sociedade essa cultura machista e patriarcal, onde o homem se sente dono da mulher onde a mulher tem que obedecer ceder aos seus desejos, onde o homem ainda pensa ter carta branca, para agredir sua companheira de tal forma que passa a “coisificar” o outro, e esse outro passa a deixar de ser humano. Resta mostrar de uma vez que a violência do homem cometida contra a mulher não é, e nunca foi direito adquirido em lugar algum.
Por fim resta questionar se a Lei Maria da Penha realmente está conseguindo, atingir seu principal objetivo, ou seja, proteger e resguardar as nossas mulheres, ou apenas estamos “cavando buraco na água”, será que aumentar as punições é a solução mais adequada, ou a solução estaria em investir na prevenção através da educação para destituir de uma só vez, a cultura machista, patriarcal do seio da sociedade. Mostrando que as mulheres e homens possuem os mesmos direitos e deveres perante a sociedade, conforme a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da igualdade.
E para isso a ferramenta a ser usada além da lei é a educação, do homem desde tenra idade, lhe ensinando que a mulher é o único meio de transporte, que se conhece, para se chegar ao planeta terra, ou seja, construindo através da educação das futuras gerações o respeito. E com isso enfim, encontrar à paz entre os gêneros”.
Se você sofre “violência doméstica: saiba a quem recorrer:
Além do telefone 180, Central de Atendimento à Mulher que é o canal para denúncia de violência doméstica, ou mesmo 190 para acionar a Polícia Militar, a vítima pode procurar a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Em Campo Grande/MS, fica localizada na Casa da Mulher Brasileira, no Jardim Imá. Nas cidades do interior também há delegacias especializadas, mas toda delegacia deve, ao menos, orientar a vítima. Caso a vítima prefira, pode registrar o caso pela internet.
É possível pelo site da Delegacia Virtual fazer o registro do boletim de ocorrência. Em Mato Grosso do Sul, o programa Não se Cale traz dados e divulgação sobre o enfrentamento da violência contra a mulher.“
SE VOCÊ SOFRE VIOLÊNCIA DOMESTICA “NÃO SE CALE”, NÃO É CULPA SUA! PROCURE AJUDA, ANTES QUE SEJA TARDE DE MAIS!!
Referências: