O presente livro tem por objetivo analisar o Aborto no Brasil; como sendo uma questão de Saúde Pública. Primeiramente, temos que entender o que é o aborto de vários pontos de vistas Para que depois se possa analisar o porquê de ser uma questão de saúde publica.
O Aborto é um tema difícil de ser debatido, rodeado de tabus, preconceito e criticas. Desta forma, por ser um tema tão explosivo, todo debate parece ser condenado ao emocionalismo e o radicalismo religioso. Hoje a literatura e bastante vasta a esse respeito, nunca se falou tanto sobre o aborto como nas ultimas décadas. Mas, mesmo assim, muitas mulheres sofrem com a desinformação desencadeada pelo preconceito ética, moral, religioso, filosófico, econômico, cultural e claro também do campo dos profissionais da área da medicina.
È evidente que esse preconceito está levando a morte milhares de mulheres, todos os anos em nosso País, somente no ano de 2014, o aborto era considerada a quinta maior causa de morte de mulheres no Brasil, chegando a uma estimativa de que cerca de 47 mil mulheres morram todos os anos no mundo por complicações relacionadas aos abortos clandestinos. Devido a tantas mortes a presente pesquisa tem por principal objetivo demonstrar todo sofrimento vivido por essas mulheres, que fizeram esta triste escolha em suas vidas, ou simplesmente não tiveram escolha. Ou seja, como pedir socorro se acabaram de cometer um “crime”, segundo a legislação vigente em nosso País.
Não se pode esquecer que o aborto no Brasil é considerado crime, ou seja, por esse motivo muitas mulheres por medo, vergonha, constrangimento e dor, sagram sozinhas até a morte. Esse sofrimento que poderia ser amenizados se tivesse acesso a Políticas Públicas adequadas e voltada para a população feminina, não somente após o aborto, mas, sim quando estas mulheres chegassem aos hospitais ou postos de Saúde com suspeita de estar grávida, isso mesmo, suspeita de gravidez, fornecendo um acompanhamento diferenciado. Igualmente que essas mulheres fossem ouvidas aconselhadas por Psicólogas e pelo serviço social. E se não houvesse outra escolha, que lhe fosse assegurado um aborto seguro, feito por profissionais competentes, com condições de higiene e salubridade adequadas, disponibilizado pela rede pública de saúde. Estamos falando em ser analisado caso a caso, individualizando a mulher e o verdadeiro motivo, vivido por esta. Não estamos falando de o aborto ser banalizado e ser usado como controle de natalidade.
Infelizmente muitas destas mulheres por falta de socorro, ou seja, em sua maioria são pobres ou jovens de mais, sem informação, e quase sempre encontram a com a morte em seu caminho.
E claro que a barreira da religião é intransponível quando o tema em questão é o aborto, por esse motivo não discutiremos a opinião das religiões, e sim, a dignidade da pessoa humana, ou seja, o Aborto não deve se visto apenas pela ótica da religião e sim pela ciência do direito, que é muito mais ampla e envolvem dimensões sociológicas, políticas, constitucionais, econômicas, históricas. A questão do aborto no Brasil está acima das questões religiosas e morais, é uma questão de saúde pública.
Gostou? quer ler mais sobre esse assunto, te convido a ler meu Livro: O ABORTO NO BRASIL; UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA, disponível em: https://www.amazon.com.br/ABORTO-BRASIL-QUEST%C3%83O-SA%C3%9ADE-P%C3%9ABLICA-ebook/dp/B07NQ176MM.